Na Imprensa

A Gazeta da Zona Norte, 13 de abril de 2014 - pág. 03




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Veja SP edição de 12 de março de 2014 -  matéria de Ricardo Possetto.


Ricardo Rossetto adicionou 3 novas fotos — com Jorge Ifraim.
12 de março · Editado · 
Em 3 páginas, explico na Veja São Paulo desta semana como o Plano de Bairro ajuda os moradores da cidade a solucionar qualquer problema nas suas regiões. Na história principal, a revitalização de um trecho da degradada Avenida Cruzeiro do Sul, que agora terá pista de caminhada, ciclovia e iluminação especial para valorizar os grafites do Museu Aberto de Arte Urbana. Grande conquista dos moradores de Santana, reunidos no Movimento Santana Viva, e liderados pelo incansável Jorge Ifraim.








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Uma equipe de jornalistas do BOM DIA SÃO PAULO (âncora Rodrigo Boccardi), fez uma matéria comemorativa aos 460 anos de São Paulo. 
O repórter Tiago Scheuer apresentou a Zona Norte como "um lugar onde a vida corre de maneira diferente" - numa alusão ao modo "interiorano" que nos destaca dos demais moradores da megalópole que é São Paulo. 
E registrou a conquista do Corredor Verde com Ciclovia na Av. Cruzeiro do Sul - um projeto idealizado, articulado e conquistado pela sociedade civil, via Movimento Santana VIVA e o Plano de Bairro, no lugar do gradeamento do espaço que estava sendo promovido pelo Poder Público (que só aumentaria ainda mais os problemas da região, desqualificando-a).






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Matéria sobre o Corredor Verde com Ciclovia idealizado por Jorge Ifraim, consensuado, articulado e conquistado pelo Movimento Santana VIVA que catalisa o Plano de Bairro local (Revista ZN dez.13 - pag.50 -ed. 143).
As sugestões foram amplamente discutidas com a Sociedade Civil nas reuniões de Plano de Bairro de Santana, da Associaçao Portal de Santana e da Rede Social Zona Norte e apresentadas nas Audiências Públicas do Plano Diretor e do Programa de Metas.
Este trecho inicial (650m dos cerca de 2 km solicitados) já faz parte do objetivo de requalificar a área, tradicionalmente esquecida pelo poder público e que hoje se encontra degradada.








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Revista ZN - junho/13 - pág. 24










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AGZN - 11.maio.13 - capa e pág. 7







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Portal ZNnaLinha 




COMEÇA O PLANO DE BAIRRO DE SANTANA



Auditório do Colégio Luiza de Marillac - 06/Mai/2013

Foi dada a largada para a criação do plano de bairro de Santana. O auditório do Colégio Luiza de Marillac recebeu cerca de 100 pessoas para conhecer a metodologia proposta pelo movimento Santana Viva, que chegou a esse formato após diversas reuniões de seu grupo de trabalho. Agora a comunidade está convidada a participar. A próxima reunião será dia 03/06.

Momento do encontro do Plano de Bairro de Santana.

EM CONJUNTO - O movimento Santana Viva nasceu dentro da Associação Portal de Santana, em interação com a Rede Social Zona Norte. Essa iniciativa da sociedade civil encontrou eco na ação do vereador Police Neto, que destinou uma emenda orçamentária de R$ 100 mil para a preparação do plano de bairro de Santana. Essa verba será administrada pela subprefeitura local. Trabalhando em conjunto, a sociedade civil se propõe a levantar problemas e indicar soluções para a melhoria da qualidade de vida local, através do plano de bairro. 
QUASE LEI - O arquiteto Cândido Malta, urbanista que há décadas defende a criação dos Planos de Bairro (PBs), compareceu ao evento e detalhou como foi a realização do PB de Perus, no qual trabalhou. "Os planos de bairro se propõem a aperfeiçoar uma realidade, e assim devem dimensionar os equipamentos públicos, o déficit de creches, hospitais, avaliar qual a necessidade de novos equipamentos. O plano de bairro define essas coisas, inclusive reservando áreas para isso", afirmou Malta. O plano de bairro de Perus foi concluído, e já está votação na Câmara Municipal, para virar lei. 
ORÇAR TUDO - Em seguida começaram os depoimentos. Jorge Duarte, coordenador da área de desenvolvimento local do SENAC SP, falou sobre a construção do PB da Bela Vista. O vereador Police Neto, ao narrar a experiência de Perus, lembrou que os plano de bairro vão ao nível de detalhe: "Onde vai ficar o ponto de ônibus? Como vai ficar a calçada?", exemplificou Police. E reforçou a idéia de que tudo tem que ser orçado, precificado, para ser ligado ao orçamento municipal. 
SURPRESA O artista plástico Gustavo Freiberg falou sobre a experiência do PB de Vila Madalena, destacando a dificuldade de se conseguir a integração dos diversos atores que compõem um bairro. Em seguida houve a apresentação de um vídeo sobre o PB de Vila Pompéia. A surpresa da noite foi a presença do diretor de urbanismo da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano, Kazuo Nakano, que afirmou que o Plano Diretor da Cidade e os Planos de bairro não são incompatíveis. Muito pelo contrário, são complementares.

Arquiteto Cândido Malta.
Diretor de urbanismo Kazuo Nakano


METODOLOGIA Após a apresentação da história do movimento Santana Viva, houve o fechamento do encontro, com a explicação da metodologia proposta. O grupo de trabalho que organizou o encontro apresentou a proposta de se dividir o distrito de Santana em seis áreas. Dessa forma se criará seis grupos locais de trabalho e discussão, que vão se encontrar nos próprios bairros. Depois esses grupos se reunirão mensalmente para alinhavar as partes e criar o Plano de Bairro do distrito de Santana. 

DIVISÃO - O distrito de Santana foi dividido em seis regiões: Santana, Vila Bianca, Santa Terezinha, Anhembi/ Carandiru, Jardim São Paulo e Água Fria. A referência foi um trabalho feito pela Secretaria Municipal do Trabalho, que dividiu Santana em seis "UDM"s - Unidades de Desenvolvimento Municipal. A construção do Plano de Bairro de Santana está aberta a todos os interessados. A próxima reunião será no dia 03/06 (2ª-f), às 19h, no colégio Luiz da Marillac, para discussão e detalhamento dos próximos passos. 

Minudências:

@ Uma proposta é usar a ferramenta digital do grupo Cidade Democrática, para ter a participação virtual das pessoas que não podem participar das reuniões presenciais. O endereço é www.cidadedemocratica.org.br

@ O urbanista Cândido Malta lembrou que o projeto do Arco Tietê, desenvolvido pela prefeitura, vai afetar diretamente a região de Santana, e que isso deve ser observado na construção do plano de bairro.

@ Clique AQUI para ver os mapas de divisão do distrito de Santana. Está no pé da página de Dados Sociais de Santana.


Fotos: Luis Fernando Bronzatto



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Blog Zona Norte  - 08.mai.13





http://www.blogzonanorte.com.br/index.php?option=com_k2&view=item&id=798:santana-viva-quer-melhorias&Itemid=7


https://www.facebook.com/media/set/?set=a.474041596000332.1073741941.229102370494257&type=3&uploaded=44

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Matéria do jornal Metrô News de 02 de maio de 2013 aborda revitalização do canteiro central da avenida Cruzeiro do Sul, em Santana


http://issuu.com/folhametronews/docs/metronews-02-05-13  página 8


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Jornal O Estado de São Paulo - 04.abr.13 - pág. C9 (versão impressa)




Linha Azul: grades de canteiro são retiradas

Moradores fizeram abaixo-assinado contra as cercas na Cruzeiro do Sul; subprefeitura e Metrô negam responsabilidade por reformar área

04 de abril de 2013 | 2h 04

BÁRBARA FERREIRA SANTOS , RODRIGO BURGARELLI - O Estado de S.Paulo

Após protestos de moradores, a Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô) retirou no último fim de semana as grades que haviam sido colocadas no canteiro central da Avenida Cruzeiro do Sul, na zona norte da cidade, embaixo do viaduto onde passa a Linha Azul. O resultado final, porém, está bem pior do que antes: a área está suja de lama e entulho e nem o Metrô nem a Prefeitura assumiram a responsabilidade por reformar o local.
A instalação das grades começou no fim do ano passado por iniciativa de comerciantes locais, que obtiveram autorização do Metrô. O objetivo era aumentar a segurança na avenida, mas a reação de moradores da região foi grande e chegou até ao presidente do Metrô e ao subprefeito de Santana. As obras acabaram paralisadas ainda em 2012, mas só agora as grades foram completamente retiradas.
Moradores reclamam agora que o local está degradado e pedem a instalação de um corredor verde, parecido com o canteiro central da Avenida Braz Leme, a poucos quilômetros dali. No entanto, subprefeitura e Metrô dizem que não são responsáveis pela revitalização da área.
No local onde estavam as grades, há muito lixo, restos de roupas e de alimentos. "Acumulava sujeira no local e agora, sem as grades, eles vão ver e ter de tirar o entulho. Mas, como a mureta pequena ainda continua, eu acho que ninguém vai fazer mais nada", afirma o comerciante Jorge Ifraim, do Conselho Municipal do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Cades). Para ele, a criação de uma ciclovia vai estimular o uso do local pelos moradores. "O custo de uma ciclovia é barato, não precisa desapropriar nada e é só jogar terra, não precisa quebrar asfalto."
"Empurra-empurra". Esse projeto, porém, não tem previsão de sair do papel. Em nota, o Metrô afirma que as obras foram feitas por intermédio da subprefeitura local e que a companhia apenas ofereceu os gradis. "A obra não foi realizada pelo Metrô e, portanto, a companhia não responde por sua continuidade. Detalhes deste projeto ou de outras alternativas para a revitalização do local devem ser consultados na Subprefeitura de Santana", diz a empresa.
Já o atual subprefeito de Santana, Roberto José Pereira Cimino, diz que a área pertence à companhia. "Esta área é do Metrô. Que destinação eu vou dar para uma área que não é minha? Se estão jogando lixo em um lugar do Metrô, a meu ver quem tem de cuidar é o dono."
O subprefeito explica que para a ciclovia sair do papel, reuniões e análises de viabilidade terão de ser feitas. "Você pode desenhar o projeto que quiser, mas, na hora de arrumar o dinheiro, ninguém aparece. Para revitalizar a área, que é do Metrô, estou aguardando os moradores chegarem a um acordo sobre o que querem fazer ali. Esses recursos não viriam da subprefeitura, porque falta verba, mas podemos pensar em parcerias ou convênios."
Agora, o desafio de quem está acompanhando a questão é fazer com que Metrô e subprefeitura entrem em acordo para definir rapidamente o que fazer na área. "Acredito que logo vai haver um entendimento. As grades não ajudavam em nada a segurança, e a criação de uma área verde, com ciclovias, vai atrair mais gente para o local e, portanto, trazer mais segurança. Vamos conversar com os órgãos para tentar uma definição rápida", afirmou o vereador José Police Neto (PSD), que acompanha o processo.


http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,linha-azul-grades-de-canteiro-sao-retiradas-,1016732,0.htm


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Jornal "AUT News" - março.13

O título da matéria é o slogan da Associação Portal de Santana e do Movimento Santana VIVA.

"Da Santana que amamos para a que merecemos".





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Jornal "A Gazeta da Zona Norte" - 24.nov.12 - pag.11




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Publicado em 08/11/2012 por
 
Colocar grades em lugares públicos tem sido a solução encontrada pela prefeitura para evitar a degradação de algumas áreas. Mas muitos moradores e comerciantes são contra essa medida, e ela vem causando polêmica em alguns bairros. Procurada, a empresa que fechou parceria com a prefeitura e com o metrô para as obras na avenida Cruzeiro do Sul afirmou que as obras no local estão paradas desde o início de outubro e que o assunto será discutido em uma reunião na semana que vem.

Repórter: Vanina Pinheiro






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Qual a solução?

Gradeamento na Avenida Cruzeiro do Sul traz discussões e pouco entendimento entre órgãos públicos


Quem passa pelos arredores da Av. Cruzeiro do Sul, em Santana, pode observar o motivo da dor de cabeça gerada entre moradores e comerciantes da região. Embaixo da plataforma da linha azul do metrô, onde situa-se o MAAU (Museu Aberto de Arte Urbana), obras foram iniciadas dia 04 de setembro a fim de instalar grades ao redor das pilastras – uma tentativa de conter a degradação, sujeira e violência que rondam o local.
E é ali, em uma das vias mais movimentadas da Zona Norte que o problema reside. Moradores de rua encontram abrigo embaixo das pilastras, usando-as como base para fogueiras que os aquecem, prejudicando as paredes das obras de grafite e colocando em risco as sustentações do metrô. Isso sem contar no acúmulo de lixo, já que entidades distribuem sopas e alimentos aos moradores de rua, ação social benéfica para a sociedade, mas que traz consigo a falta de estrutura que torna calçadas e estacionamentos das lojas locais repletos de embalagens plásticas e restos de comida.
Inúmeras discussões fizeram com que as obras fossem paralisadas e o assunto, apesar de muitas reuniões e posições, continua sendo pauta para acusações e empurra-empurra.
“No trecho sob o elevado da Linha 1 – Azul localizado no canteiro central da Avenida Cruzeiro do Sul, entre as estações Portuguesa-Tietê e Carandiru, de acordo com pesquisa documental e registros de imóveis da Companhia do Metropolitano de São Paulo – Metrô, não foram identificadas áreas de propriedade da Companhia. A obra é realizada pela Associação Energia Vital, com autorização da Subprefeitura de Santana –Tucuruvi”, relata nota oficial do Metrô de São Paulo.
Porém, apesar do projeto do gradeamento ter sido levado à OSCIP Energia Vital, responsável pelo gradil, pelo ex-Subprefeito Santana/ Tucuruvi (Sérgio Teixeira) e defendido junto ao Metrô por representantes da OSCIP e o atual Subprefeito (José Francisco Giannoni), o órgão público afirma ter o assunto encerrado em sua repartição, aguardando uma resolução de outro órgão, ainda que não seja papel da Secretaria de Estado da Cultura cuidar de uma via pública.
“De acordo com a reunião havida em 19/10/12, no Gabinete do Sr. Secretário Municipal de Cultura, a decisão sobre a colocação ou não de grades sob os trilhos do Metrô, na Região de Santana, é da competência da Secretaria Estadual da Cultura, tendo em vista a existência do Museu Aberto de Arte Urbana – MAAU – na área. Assim, o assunto está encerrado no âmbito desta SP Santana Tucuruvi”, diz a nota oficial da Subprefeitura Santana/ Tucuruvi sobre o gradeamento da Av. Cruzeiro do Sul.
O fato é que, por mais desinformação que encontremos, existe um problema. Esse problema interfere diretamente na vida de centenas de pessoas que moram, trabalham ou passam pela região. E para que a solução seja encontrada torna-se necessário que órgãos públicos, organizações e associações se unam em prol de um consenso. Apenas assim os verdadeiros donos do local serão beneficiados, a população.

Em defesa da arte
“Chega a ser contraditório o Museu Aberto cercado por grades”, afirma Chivitz, um dos idealizadores do MAAU (Museu Aberto de Arte Urbana). Apesar de tomar conhecimento sobre as obras durante uma viagem ao exterior, o artista diz que eles (grafiteiros que juntos efetivaram a construção do Museu), defendem única e exclusivamente a arte. Chivitz não gostou da colocação das grades, pois acredita que elas interferem na visualização das obras, e é favorável à utilização do espaço de maneira que os moradores possam se entreter e interagir com as pinturas. “Nossa luta é pela arte”, finaliza ele.

Projetos
Justamente para acabar ou ao menos amenizar essa situação é que projetos estão sendo apresentados. Com a intenção de tornar a região da Av. Cruzeiro do Sul um ambiente com mais qualidade de vida, representantes de organizações defendem suas ideias, as quais ganham mais adeptos e oposicionistas a cada dia. O importante a ser ressaltado é que ambos os projetos representam a vontade de parte da população em fazer melhorias na região, e essa vontade é que deve prevalecer.

 
OSCIP Energia Vital – Projeto de 2010, foi trazido em 2011 por Sérgio Teixeira (ex- Subprefeito de Santana/ Tucuruvi) à OSCIP (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público) Energia Vital. “Fomos procurados para viabilizar as obras de gradeamento e nossa intenção é de revitalizar esse espaço, criando nele uma nova vida e tornando-o mais iluminado. Pretendemos utilizar o interior das grades com oficinas e horário determinado para visitação ao MAAU. Após esse horário, quem pular as grades pode ser levado à delegacia”, diz Jacob Bider, representante da organização.
Através de ilustração, a OSCIP pretende mostrar como deverá ficar a Avenida se as obras continuarem em andamento. Quando indagado sobre a possível perda de visão dos pedestres e consequente falta de segurança, Jacob foi taxativo ao dizer que as novas grades, diferentemente do que acontece na estação Tietê do metrô, seriam mais largas, o que possibilitaria enxergar o outro lado da via com facilidade. Outro ponto importante seria a limpeza do local, que aconteceria através da manutenção regular mantida pela organização.
“As grades foram a solução que encontramos para que a iluminação que pretendemos colocar nos painéis com a revitalização não seja prejudicada. Nossa verba vem da parceria com instituições privadas e eles não iriam pagar por uma coisa que poderia ser furtada”, defende.

 
Santana Viva – Outro projeto que vêm sendo apresentado nas reuniões sobre as discussões do tema é o de um Corredor Verde. Jorge Ifraim está à frente dessa ideia, possuindo um blog em defesa do projeto (www.santanaviva.blogspot.com.br), onde aborda os prós de uma ciclovia e área ajardinada e os contras da colocação do gradil. Comerciante da região de Santana e conselheiro do CADES (Conselho Municipal do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável), Jorge defende a contratação de arquitetos e urbanistas para que o espaço seja melhor aproveitado. “O que dá segurança não é a grade, e sim a ocupação pela sociedade, pelo povo”, diz.
Segundo ele, outras vias da região, como a Braz Leme e a Engenheiro Caetano Álvares, são exemplos de como essa utilização dos moradores pode revitalizar e trazer benefícios à sociedade.
“Moradores de rua pulam as grades e fazem delas os portões que as protegem, ou seja, elas não resolvem o problema”, diz, além de enumerar outros aspectos que tornam o projeto do gradil inviável, segundo sua visão.
Morador da região desde que nasceu, Ifraim é ativista pelos direitos da comunidade, reunindo-se a atores sociais a fim de buscar um amplo planejamento para o bairro e soluções para seus diversos problemas, entre eles, a reconstrução de uma Cruzeiro do Sul limpa e liberta.



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Publicado em 25.out.12




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14/10/2012 - 03h00

Obra na ZN opõe moradores, é embargada e vira jogo de empurra

REGIANE TEIXEIRA
DE SÃO PAULO

Desde o dia 4 de setembro, a zona norte de São Paulo está dividida. Uma série de grades de cerca de dois metros de altura começou a ser instalada no canteiro central da avenida Cruzeiro do Sul, sob a linha 1-azul do metrô, no trecho que vai da estação Carandiru à Portuguesa-Tietê, perto de Santana.

A iniciativa divide não só um território, mas moradores e comerciantes. No último dia 6, a prefeitura mandou paralisar as obras, gerando questionamentos sobre de quem é a propriedade do espaço. Até agora, as grades foram instaladas em 30% dos 750 metros do trajeto.

Segundo a Energia Vital, Oscip (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público) que toca a instalação do gradil, a ideia surgiu de uma demanda de moradores e comerciantes.

"Havia reclamações sobre a falta de segurança, com ocorrências de assaltos em semáforos", diz o diretor técnico da Energia Vital, Eduardo Begas Henriques. "Além disso, moradores de rua faziam fogueiras nas pilastras que poderiam abalar as estruturas."

Olga Lysloff/Folhapress                   
 
                  Obra do artista Ciro


De acordo com Jacob Bider, também da Energia Vital, foi assinado um termo de cooperação com o Metrô e a Subprefeitura de Santana/Tucuruvi para que a obra fosse feita. Mas tanto a companhia quanto a subprefeitura de negam ser responsáveis pelo espaço. Em nota publicada no "Diário Oficial" da cidade, a prefeitura embargou a reforma até que o Metrô comprove que a área é de sua propriedade. A companhia diz que foi procurada pela subprefeitura para dar apoio e só forneceu os gradis.

Em comunicado, a empresa diz que, "de acordo com pesquisa documental e registros de imóveis da Companhia do Metropolitano de São Paulo, não foram identificadas áreas de propriedade da companhia".

O custo da operação, fora os gradis, é de cerca de R$ 200 mil, segundo a Energia Vital, que arca com os custos. A entidade diz que aguardará novas definições para voltar a tocar a obra.

Na última quarta (10), a sãopaulo acompanhou uma reunião sobre o assunto na Subprefeitura de Santana/Tucuruvi da qual participaram moradores, comerciantes e artistas.

Na ocasião, o subprefeito José Francisco Giannoni disse que a obra foi paralisada porque houve dúvidas sobre o que seria espaço público e privado. Segundo participantes, deverá haver outra reunião nesta semana para discutir o assunto.

CORREDOR VERDE

Enquanto a intervenção segue parada, Jorge Ifraim, 50, morador do Mandaqui e proprietário de um café na rua Voluntários da Pátria, em Santana, lidera o grupo que briga para que as grades sejam retiradas.
Há um ano, ele fundou a associação Portal Santana e se mobilizou contra as obras com o blog santanaviva.blogspot.com.br e um abaixo -assinado na internet. "É falta de competência gradear uma área tão grande e não ter outra ideia do que fazer ali."

A reforma também não estaria evitando a presença de moradores de rua. "Eles pulam, dormem lá dentro e até penduram roupas nas grades", diz a comerciante Silvia Pizzo, 34, que tem uma loja a poucos metros da estação Carandiru. Para ela, o local deveria servir de estacionamento, como acontece próximo à estação Santana.

Os moradores e comerciantes reclamam ainda que a intervenção irá prejudicar a visibilidade das lojas e o acesso entre as ruas. Pedem que a área seja reurbanizada, com corredor arborizado para pedestres e ciclovia.

Há quem ache, por outro lado, que as grades trazem mais limpeza e segurança ao local. Para o jornaleiro Fabio Filgueira, 28, que trabalha próximo à estação Carandiru, a rua fica mais bonita com o gradil e as plantas que foram colocadas ali. "Eu mesmo não reformo o toldo da minha banca para não atrair mendigos à noite."

Eliana Fernandes Joaquim, 60, dona de uma floricultura, também apoia o projeto. "É a melhor coisa que podem fazer porque assim eles [moradores de rua] não têm onde ficar."

ARTE A CÉU ABERTO

Além do uso do espaço, a estética do canteiro da avenida também está sendo discutida. Em abril de 2011, 11 grafiteiros foram presos por colorir as pilastras do metrô ao longo da avenida Cruzeiro do Sul. Seis meses depois, o grupo conseguiu o apoio da Secretaria de Estado de Cultura para a realização de 68 painéis de 58 artistas, entre as estações Santana e Portuguesa-Tietê.

O conjunto de pinturas ganhou o nome de Museu Aberto de Arte Urbana. Segundo o artista Chivitz, 35, a proposta incluía ações educativas e a renovação anual dos murais. "Queremos que o espaço seja tombado."

A Secretaria de Estado da Cultura diz estar "conversando com os grafiteiros sobre a continuidade do projeto". Já a Energia Vital afirma que desde o início seu projeto teve o objetivo
de ser uma "galeria a céu aberto".

A associação garante que o local terá portões e poderá ser visitado pelo público das 8h às 20h. "Somos contra. São Paulo precisa de arte e também que os moradores interajam com os espaços onde moram", diz Chivitz.

OUTRAS MUDANÇAS
 
Melhorias que a região ganhou

Ciclovia: Depois de oito anos, foi inaugurada no dia 4/10 a ciclovia de 6 km na avenida Braz Leme, entre a rua Marambaia e a avenida Santos Dumont

Ciclofaixa: No dia 4 de março, começou a funcionar a ciclofaixa que liga a praça Heróis Expedicionários à estação Parada Inglesa

Conexão: A zona norte ganhou na última sexta mais 450 metros de pista na av. Santos Dumont, que ligam a ciclovia da Braz Leme com a ciclofaixa

Engenheiro Caetano Álvares: Em 2009 foi concluída a revitalização da avenida com pista de caminhada e equipamentos de ginástica


http://www1.folha.uol.com.br/saopaulo/1167812-obra-na-zn-opoe-moradores-e-embargada-e-vira-jogo-de-empurra.shtml



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GRADES NA AV. CRUZEIRO DO SUL AGITAM A COMUNIDADE

Subprefeitura Santana/Tucuruvi - 10/Out/2012.


Com público recorde e clima tenso, a reunião do CADES Santana/ Tucuruvi teve como pauta principal a obra de gradeamento da área sob a linha azul do Metrô, entre as estações Tietê/ Portuguesa e Santana. O subprefeito Francisco Giannoni informou que determinou a paralisação da obra, para análise de questões legais.
A obra de gradeamento está paralisada desde o dia 05/10.
Em 04/09 teve início a instalação de cerca de 300 m de grades no canteiro central de dois quarteirões da av. Cruzeiro do Sul. Essa intervenção urbana, para os promotores da obra, é uma etapa da revitalização da região, além promover a proteção do patrimônio do Metrô. Para lideranças locais e mais de 600 pessoas que, em uma semana, assinaram o manifesto eletrônico, trata-se de uma obra que vai agravar a deterioração local, ao promover segregação entre os dois lados do bairro, e ainda desperdiçar recursos que poderiam ser usados de forma mais sustentável no local.
Ao longo dos dias a discussão esquentou, e a reunião do CADES mostrou os diversos atores envolvidos na questão: o Portal de Santana (associação de moradores e comerciantes locais), a OSCIP Energia Vital (empreendedora da obra), a Companhia do Metrô, a subprefeitura Santana-Tucuruvi, os grafiteiros responsáveis pelas obras nos pilares na avenida, a Secretaria Estadual de Cultura (que financiou o projeto dos grafiteiros), a Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente (responsável pelos CADES da cidade), além de políticos que se manifestaram.
Público na reunião.
Há tempos a associação Portal de Santana divulga o projeto de criar um caminho verde, com ciclovia, área gramada e pista de caminhada, nos baixos do metrô. Esse projeto inclusive ensejou a aproximação com a Rede Social Zona Norte e com o vereador Police Neto, que, por caminhos distintos, incentivam a criação de Planos de Bairro na cidade. Em Santana essas duas vertentes estão se encontrando, para a criação do Plano de Bairro de Santana. Por isso o vereador Police compareceu à reunião do CADES.
Eduardo Begas, diretor técnico da OSCIP Energia Vital, informou que procurou o Metrô para apresentar um projeto de revitalização para a área. Begas, por duas vezes na reunião, afirmou que pessoalmente tem críticas ao gradeamento, mas que os contatos com o Metrô resultaram no projeto de gradeamento, que seria do interesse da empresa, por questões de segurança inclusive operacionais. O diretor da OSCIP apresentou justificativas para não ter acontecido antes uma apresentação clara do projeto à comunidade.
O fato é que a polêmica gerada pela obra está fazendo o Metrô rever sua decisão: o próprio presidente da empresa, Peter Walker, enviou um email a Jorge Ifraim, do Portal de Santana e também membro do CADES, dizendo que suspenderia a obra, visando um entendimento entre os diversos atores, para transformar a área em algo assemelhado ao que existe na av. Braz Leme, com ciclovia, pista de caminhada, áreas gramadas, etc.
Por outro lado a subprefeitura, através do Diário Oficial de 06/10, determinou a paralisação da obra. O subprefeito Giannoni afirmou que não tem como ser o condutor dessa discussão. Ele pode orientar e fiscalizar as normas relativas a calçadas. A Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente, através de sua técnica Helena Magozo, informou que já iniciou um diálogo com o Metrô, e que vai acompanhar a avaliação de propostas junto com a subprefeitura.
Subprefeito e Jorge Ifraim.
Eduardo Begas, da Energia Vital.
Os grafiteiros Binho e Chivitz, curadores do Museu Aberto de Arte Urbana (MAAU), projeto que grafitou os pilares do metrô, se mostraram preocupados com a preservação desses trabalhos, e fizeram uma série de indagações na reunião. O 1º tenente PM Fabião, comandante do batalhão que cuida dessa região, afirmou que aquela é uma região complexa para a atuação da PM, e que todas essas medidas que estão sendo discutidas podem contribuir para a ação policial.
A questão está em aberto. Os próximos capítulos prometem ser um interessante exemplo de como o empoderamento da comunidade pode contribuir para que, via diálogo e participação, todas as partes sejam contempladas.
Minudências:
@ Clique AQUI para ver a matéria sobre a inauguração do MAAU - Museu Aberto de Arte Urbana, projeto da Secretaria Estadual de Cultura que grafitou os pilares do metrô.
@ Clique AQUI para ver o blog SantanaViva, com o abaixo assinado eletrônico, as comunicações de internautas, e mais detalhes.
@ Clique AQUI para ver o site da OSCIP Energia Vital
@ O diretor da Energia Vital, Eduardo Begas, disse que não sabe se as empresas que estão bancando a obra terão interesse em participar, se o projeto for alterado.
@ O vereador Police Neto foi à reunião de bicicleta. Segundo sua assessoria ele pedalou nesse dia quase 80 km pela cidade.
@ Como presidente da Câmara Municipal, Police precisa ser escoltado por seguranças, também de bicicleta. "Todos emagreceram", disse o assessor Fernando Novikow.
@ O morador Eliseu Santoni afirmou ser contra o "muro da vergonha". "Não devemos criar na região nem um gueto de Varsóvia nem uma faixa de Gaza", afirmou.
     @ O CADES Santana/ Tucuruvi se reúne toda segunda 4ª-feira de cada mês, às 17h, na subprefeitura, para discutir temas relevantes para a comunidade.


http://www.znnalinha.com.br/santana/html/grades.html


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Blog Zona Norte (Facebook) - 11.out.12










Acesse esta importante matéria do BLOG ZONA NORTE na sua íntegra, com uma abordagem profunda e detalhada do tema, da reunião do CADESst e suas consequências, através do link:

http://www.blogzonanorte.com.br/index.php?option=com_k2&view=item&id=690%3Acaso-cruzeiro-no-sul-vence-a-cidadania&Itemid=7



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Esta matéria saiu também na versão impressa do jornal "O Estado de S. Paulo" de segunda-feira, 
08 de outubro de 2012 - caderno CIDADES / METRÓPOLE   pág. C7


 

Praças e espaços públicos abertos de São Paulo ganham grades e muretas

 

Medida é defendida por especialistas em segurança e criticada por urbanistas; mudança na Cruzeiro do Sul motiva mobilização online

08 de outubro de 2012 | 11h 18
Edison Veiga, Nataly Costa e Rodrigo Burgarelli

SÃO PAULO - Praças e espaços públicos abertos de São Paulo estão ganhando grades e muretas. A reportagem do jornal O Estado de S. Paulo rodou a cidade e encontrou vários exemplos, alguns bem recentes - caso de uma praça em uma grande avenida que nem foi inaugurada e já tem grades e um canteiro, cercado na semana passada. Nessa lista, há pelo menos sete espaços públicos que poderiam ser abertos e foram gradeados.


Obra em canteiro da Avenida Cruzeiro do Sul fez moradores organizarem abaixo-assinado - Paulo Liebert/AE
Paulo Liebert/AE
Obra em canteiro da Avenida Cruzeiro do Sul fez moradores organizarem abaixo-assinado

A prática é polêmica, e divide a opinião de moradores e especialistas. Quem defende a medida diz que a sensação de segurança, a conservação e a limpeza do espaço aumentam com os gradis. Os críticos, porém, argumentam que fechar uma praça é ir contra a livre circulação de pessoas.

Em uma área desapropriada pela Prefeitura em junho, a Praça Raízes da Pompeia, no bairro de mesmo nome, começou a sair do papel há pouco mais de um mês e ainda está em fase de terraplenagem. Mas as grades já estão lá, acompanhadas de um muro de quase 1 metro.

"Não entendi, pensei que a praça seria um local de convívio, de descanso. Já está parecendo uma prisão", diz a administradora de empresas Quitéria Soares, de 41 anos, que mora e trabalha na Pompeia. Questionada, a Prefeitura disse que "a área na Pompeia com a Rua Turiaçu foi gradeada provisoriamente, enquanto é desenvolvido projeto para o local".

Polêmica. Na sexta-feira, 5, a reportagem visitou outro gradeamento que virou polêmica na zona norte: em torno do canteiro central da Avenida Cruzeiro do Sul, esquina com a Zaki Narchi. A área - embaixo de algumas estações da Linha 1-Azul do Metrô - começou a ser totalmente gradeada entre as Estações Tietê e Santana, no fim do mês passado, e revoltou um grupo de moradores, que está fazendo um abaixo-assinado online para que a Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô) reverta a medida.
"Gradear não vai resolver o problema dos moradores de rua. Ao contrário: eles invadem a área fechada e aí, sim, vão morar ali de vez. Estão criando uma cicatriz no tecido urbano em Santana, dividindo o bairro em dois", diz o comerciante Jorge Ifraim, do Conselho Municipal do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Cades).

O Metrô afirma que a intervenção foi solicitada por moradores e comerciantes da região e vai melhorar o visual e a segurança. A obra, segundo a companhia, está sendo feita por uma associação, e só os gradis são fornecidos pelo Metrô. Ifraim, porém, defende a criação de um "corredor verde" no local, parecido com o canteiro central da Avenida Brás Leme, a poucos quilômetros dali. "Queremos um concurso com arquitetos para escolher um projeto paisagístico. É uma área de 18 mil m² que está sendo abandonada pelo poder público."

Em Santo Amaro, a Praça Floriano Peixoto, gradeada, é local de uma feirinha de artesanato. "Se fosse aberta, teríamos mais clientes, pois mais gente cruzaria a praça", acredita o artesão Luiz Santos, de 36 anos. Frequentador assíduo da praça, entretanto, o aposentado Eusébio Silva, de 72 anos, gosta das grades. "Sinto-me seguro", diz. "E, se a praça fosse aberta, tenho certeza de que estaria suja."

Largo. Outro exemplo de polêmica é a praça no Largo de São Francisco, no centro, bem na frente da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP). Um trecho com saídas de ventilação do metrô e pequenos canteiros verdes foi totalmente gradeado há um ano e meio, bloqueando até uma passagem de pedestres. Segundo a companhia, a área foi cercada por questões de segurança, pois o respiro não poderia ficar vulnerável.Moradores de rua agora usam as grades para montar barracas - três delas estavam lá na sexta, uma até com um sofá do lado de fora. Comerciantes da região reclamam da medida. "Isto aqui está cada vez pior. Proíbem os moradores de rua de ficar perto da faculdade, mas não dão opção melhor. Trabalho aqui há 20 anos, e nunca vi essa praça tão ruim", afirmou um dos vendedores da feira livre.



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https://www.facebook.com/media/set/?set=a.385754918162334.75445224.229102370494257&type=1




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http://issuu.com/folhametronews/docs/metronews-01-10-12   (capa, pág. 8 e 9)


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27.setembro.2012 22:28:44

Atrás das grades

por Marina Vaz
Pinturas do Museu Aberto de Arte Urbana, na Av. Cruzeiro do Sul, estão sendo cercadas por muretas e grades; Metrô assume autoria da obra e afirma que ela não ‘afetará’ os murais feitos pelos artistas
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CANTEIRO DE OBRAS | Painel pintado por Boleta (à esq.) é um dos afetados

Seu início foi turbulento: a ideia de criá-lo surgiu após um grupo de onze grafiteiros ser preso por colorir as pilastras do metrô, ao longo da Av. Cruzeiro do Sul, em abril de 2011. Seis meses depois, evoluiu para um projeto que envolveu dezenas de artistas ­­– entre novatos moradores da zona norte e veteranos consagrados – e que contou com o apoio do Metrô, da secretaria estadual de cultura (na época, representada por Andrea Matarazzo) e da Prefeitura.
Agora, o Museu Aberto de Arte Urbana (MAAU) ­– que engloba os 68 painéis pintados nas pilastras entre as estações Santana e Tietê-Portuguesa – ganha mais um capítulo em sua história. Infelizmente, não tão bom.
Uma obra, já em andamento, prevê a construção de muretas e grades que vão isolar do público 15 pilastras, e interferir na visualização de 30 painéis do MAAU. Nesse trecho, estão obras assinadas por nomes como Zezão, Chivitz, Minhau, Binho Ribeiro e Nove.
Na última quarta-feira (26/9), o Divirta-se visitou o MAAU e os pedreiros que trabalhavam no local afirmaram à reportagem que estavam prestando serviço para Prefeitura.
Um comunicado da Coordenadoria de Ação Cultural do Metrô, ao qual tivemos acesso (clique aqui para ler o texto), também atribui a responsabilidade sobre a execução da obra ao poder municipal e explica que o Metrô apenas forneceria as grades a serem instaladas. Nesta mesma mensagem, há um alerta sobre “a possibilidade real (…) de repintar algumas das pilastras” em que estão os trabalhos dos artistas.
Entretanto, a Prefeitura, por meio de sua assessoria de imprensa, negou ser a responsável pelas obras e atribuiu sua autoria ao Metrô.
Em nota, o Metrô confirmou a realização das obras, que teriam como objetivo “garantir a segurança na circulação dos trens”, e afirmou que a iniciativa “não afetará os grafites realizados nos pilares do elevado”  (clique aqui para ler a nota na íntegra).
A secretaria estadual de cultura também garantiu, por meio de sua assessoria, que nenhum dos painéis dos artistas será apagado.
Assim se espera. Isolar com grades um museu de arte pública está longe de ser um cenário ideal. Mas ver parte de seus belos trabalhos cobertos por tinta cinza seria um fim triste demais para uma história que está apenas começando. Marina Vaz

LEIA MAIS | Em outubro de 2011, acompanhamos a pintura dos murais do MAAU.
Clique na imagem abaixo para ler a reportagem:
 miniatura_inauguracaoMAAU.JPG

LEIA MAIS | O projeto já tinha sido antecipado pelo Divirta-se em maio de 2011, em matéria de capa sobre jovens grafiteiros. Clique nas imagens abaixo para abrir cada página: 
 miniautura_grafite1_OPCAO15PORCENTO.JPG     miniautura_grafite2.JPG     miniautura_grafite3.JPG   miniautura_grafite4.JPG
  miniautura_grafite5.JPG   miniautura_grafite6.JPG   miniautura_grafite7.JPG

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Comentários:

01/10/2012 - 18:07
Enviado por: Eduardo Britto
O problema não está apenas no ocultar da arte. Está TAMBÉM no gradeamento em si, seccionando a respiração e o intercâmbio entre os dois lados da avenida. Um tremendo absurdo, um grande retrocesso. Por que não construir ali um grande parque linear, com pista para caminhada e ciclistas. Difícil? Nem um pouco. Faltou apenas criatividade, vontade, enfim, sensibilidade. Gradear é bem mais fácil…



 http://blogs.estadao.com.br/divirta-se/cruzeiro-do-sul/?fb_action_ids=10150905566949567&fb_action_types=og.recommends&fb_source=aggregation&fb_aggregation_id=288381481237582



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“A Companhia do Metrô esclarece que está realizando  obras para revitalização  do canteiro central da Avenida Cruzeiro do Sul, embaixo da via elevada da Linha 1-Azul do Metrô (Jabaquara-Tucuruvi), nas imediações do Shopping D e cruzamento com a Avenida Zaki Narchi. A iniciativa – que não afetará os grafites realizados nos pilares do elevado – envolve melhorias na iluminação do local e instalação de gradis, por solicitação de moradores e comerciantes da região. As obras visam garantir a segurança na circulação dos trens do Metrô.”
(Assessoria de imprensa do Metrô)


01/10/2012 - 21:23
Enviado por: Jorge Ifraim
Muito estranha esta “solicitação de moradores e comerciantes da região” – de que forma foi recebida? Por email/carta, abaixo-assinado ou Audiência Pública?
Tenho a certeza que de forma alguma, pois minha família mora na região há mais de 70 anos, sou comerciante no pedaço – e todos as moradores e comerciantes que conheço são contra a obra.
Por favor vejam entrevista que concedi ao Jornal do SBT Manhã na segunda-feira passada (24/09 o vivo às 7h03) – até o âncora Rodolpho Gamberini considerou um absurdo o que estava sendo feito.
Um obra de “saneamento social” que vai desqualificar o local e seu comércio – retirar uma área de cerca de 18.000 m2 do uso público e ainda agravar nossas problemas sociais…
http://www.sbt.com.br/jornalismo/noticias/?c=24707&t=SP%3A+Populacao+pede+praca+em+obra+antimendigo+na+zona+norte
 




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 (destaques em vermelho feitos pelos autores do blog)








Trecho do comunicado enviado pela Coordenadoria de Ação Cultural do Metrô sobre as obras no MAAU, ao qual tivemos acesso:

(…) “a Presidência do Metrô recebeu um OFICIO da PMSP (Obras) explicando-nos da necessidade de CERCAR com GRADE determinados trechos nos entornos da Av. Cruzeiro do Sul – coincidindo com vários dos pilares que receberam intervenção artística em técnica de grafite, feitas por vocês e equipe em Setembro de 2011 e com anuência da Secretaria municipal da Cultura e Metrô.

Ao que nos foi informado, prepondera na decisão da PMSP a questão da segurança, além da presença de moradores em situação de rua – ambos aspectos alvos de críticas e solicitações da população local.

Em vista disto, nos foi solicitado pela mesma este fechamento parcial através de inserção de gradio vasado (sic) (a ser fornecido pelo METRÔ) e implementado através de obra civil pela mesma PMSP – num regime de entendimentos pleno sobre os problemas de segurança em questão.

A obra será executada pela PMSP em breve e por isso a nossa preocupação em informa-los antecipadamente sobre o fato, pois, ao que parece, há ainda a possibilidade real da mesma PMSP ter de REPINTAR algumas das pilastras que receberam os vossos trabalhos, segundo nos foi informado preliminarmente hoje.

Como já exposto e firmado, na eventual hipótese disto ocorrer e diante dos termos estabelecidos com vocês, o Metrô – enquanto um dos parceiros apoiadores da ação-grafite, solicitada pelo então Secretário Andrea Matarazzo – se isenta de quaisquer ônus materiais ou de imagem que possam ser gerados a partir desta obra civil planejada pela PMSP ou de outra determinação similar.” (…)


* PMSP: Prefeitura Municipal de São Paulo



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Jornal do SBT Manhã de 24.set.12 às 7h03 - ao vivo com o âncora Rodolpho Gamberini





http://www.sbt.com.br/jornalismo/noticias/?c=24707&t=SP%3A+Populacao+pede+praca+em+obra+antimendigo+na+zona+norte



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